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Belezas Naturais
Lagoa Encantada
A Lagoa Encantada é hoje uma área de Proteção Ambiental – APA da Lagoa Encantada e Rio Almada. É um grande espelho d'água de 15 quilômetros quadrados, onde se encontram além de ilhas flutuantes, que se locomovem de acordo com o vento, cachoeiras formadas na desembocadura dos rios Apepique e das Caldeiras e quatro grutas encravadas numa área de Floresta Atlântica inteiramente preservada.
Foi descoberta em 1570 por Pero Vaz Gândaro, um explorador lusitano que escreveu um livro sobre o litoral sul da Bahia e no início do Século XIX, após a abertura dos Portos do Brasil para os estrangeiros, os viajantes alemães Maximiliano de Wied-Neuwied e Martins e Spix cobriram esse paraíso de mata ainda intacta.
Conhecida no passado como lagoa de Ilhéus, guarda as mais interessantes lendas que fazem parte do folclore Ilheense, devido à presença das ilhas flutuantes que parecem transformar-se em seres místicos, a exemplo do lobsomen e da mula-sem-cabeça. Falam de um reino submarino inacessível aos mortais, navios iluminados e até galos clarinetas na madrugada. Dizem ainda, que em noite de lua cheia, quem pescar na lagoa nunca mais retorna. Além desses mitos, a lagoa, na realidade, já abrigou peixes-boi que foram dizimados com arpões.
A maioria dos moradores são pescadores e agricultores ribeirinhos, que recentemente passaram a ter mais uma expectativa de sobrevivência, representada pelo turismo de visitação. Além da Lagoa Encantada em si e do Rio Almada, com seu potencial de esportes náuticos, os principais atrativos da APA Lagoa Encantada são cachoeiras (uma delas atingindo seis metros de altura), corredeiras, trilhas na Floresta Atlântica e grutas.
Como chegar:
Pode-se chegar na lagoa Encantada de duas formas: por terra ou através do rio.
Via terrestre: A Lagoa Encantada fica 16 km de Ilhéus a partir da BA-001 (Ilhéus-Itacaré) e daí são mais 13 km por uma estrada vicinal de terra batida, de difícil tráfego nos períodos chuvosos. Na BA-001, acessar estrada de terra no Km 14, na mesma entrada do condomínio Jóia do Atlântico. Recomenda-se o uso de veículo com tração 4 x 4.
Via Fluvial: É a melhor opção. Um passeio de barco, pelo Rio Almada, saindo do povoado de Sambaituba.
Olivença
Localizada a 16 quilômetros ao sul do centro de Ilhéus, Olivença era originalmente, uma aldeia de tribo Tupinambá. Foi estrategicamente erguida no século XVI em torno da praia de Batuba, ao lado de uma nascente de água doce. Lá os Jesuítas catequizaram os índios, que foram massacrados, pelos portugueses, ao longo dos anos. Hoje, existem cerca de 4 mil índios, divididos em mais de 17 aldeias. A antiga aldeia se transformou em vila de pescadores e hoje é uma Estância hidromineral litorânea, com águas radioativas cujo valor medicinal, descoberto pelo padre Torran, é similar às de Vichy, na França. É a única estância hidromineral a beira mar do mundo.
O local possui ar bucólico com ruas calçadas com pedras, pracinha na parte central da vila e a Igreja Nossa Senhora da Escada, construída no ano de 1.700 pelos Jesuítas.
Recanto tipicamente turístico, além de belas praias, lá tem o famoso balneário Tororomba com piscinas públicas para adultos e crianças com água corrente original do rio Tororomba e o "véu da noiva", uma cortina artificial de água doce. Suas águas são ricas em cloro, ferro e iodo magnético, sendo indicadas para as doenças da pele e do aparelho digestivo.
No verão, o lugarejo ganha intenso movimento, devido a grande quantidade de turistas que ali aportam. Lá acontecem algumas das melhores festas populares da cidade como o São João, em junho; a festa do Divino Espírito Santo, em julho; a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Escada, em novembro e a festa de maior manifestação folclórica ilheense, a Puxada do Mastro de São Sebastião, no primeiro domingo de Janeiro.
Rio do Engenho
Local bucólico, histórico, muito bonito, localizado ao lado de uma corredeira. Em 1537, Jorge de Figueiredo Correia, donatário da Capitania de Ilhéus, doou uma área de terra (sesmaria), ás margens do rio Santana, a Mem de Sá que, posteriormente, se tornou o primeiro governador-geral do Brasil. Lá foi construído, em 1548, o primeiro engenho de açúcar do Brasil, do qual ainda restam vestígios. O Engenho de Santana sobreviveu por quase 300 anos e tem uma particularidade histórica: devido a sua localização distante do Recôncavo, os escravos que ali trabalhavam tiveram maiores possibilidades de resistência e em 1789 conseguiram realizar uma fuga, onde passaram quase dois anos escondidos na mata, sem retornar ao trabalho. Para reverter a situação foram feitos acordos onde os escravos conseguiram melhores condições de vida e trabalho.
Uma das grandes atrações do local é uma capela que foi construída em 1563, pelos jesuítas, e ainda hoje se encontra em bom estado de preservação. É a terceira igreja rural mais antiga do Brasil. Igreja Nossa Senhora de Santana e foi a partir de sua construção que o rio e o engenho passaram a serem chamados de Santana.
A igreja e o engenho pertencem ao raro acervo de sítios históricos brasileiros anteriores a 1550. Peças do antigo engenho como o tacho de ferro, a mó-grande e as armações de pedra, onde a água saltava sobre a roda d'água, ainda podem ser vistas.
Na vila do Rio do Engenho pode-se comer um excelente pitú (espécie de lagosta de água doce) e um maravilhoso guaiamum (crustáceo).
Como chegar:
Pode-se chegar á localidade do Rio do Engenho de duas maneiras: por terra ou através do rio.
Via Terrestre: Pela estrada Pontal-Buerarema, no Km 20. É uma estrada vicinal de terra batida.
Via Fluvial: A vila do Rio do Engenho é alcançada, por barco, em um passeio de duração máxima de 45 minutos, a depender da velocidade da embarcação. O barco desce pelo rio Santana, por dentro dos manguezais, revivendo um antigo roteiro feito pelos portugueses na colonização do Brasil, com cenário ainda preservado.
Última Atualização: 14/12/2011 as 11:01:52
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