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Quando pesquisava, objetivando escrever o meu primeiro livro (Histórias de Célebres Naufrágios do Cabo Frio, 1993), antes de ter-me com os documentos primários e secundários, principiei em entrevistar tanto os velhos, como os jovens pescadores de Cabo Frio, Arraial do Cabo e de Armação dos Búzios. Afinal de contas, a maior parte dos naufrágios da região, e diga-se a bem da verdade: a totalidade dos naufrágios do país e do mundo, é primeiramente conhecida por parte desta gente anônima e de atividades simples. E geralmente, quando revelam os locais de seus antigos pesqueiros, mergulhadores oportunistas e mais preocupados com glórias efêmeras, usam de artifícios para se proclamarem como sendo os "verdadeiros descobridores" de tais naufrágios. O que isto significa? Que quando não revelam os nomes dos pescadores em suas propagandas, aqueles mergulhadores relegam a brava e estóica gente do mar, ao corriqueiro anonimato e ao ostracismo. Pasmem: já li na net, que um certo mergulhador teve ousadia de dizer que havia achado o Wakama (naufrágio situado entre Búzios e Rio das Ostras): o que vem deliberadamente excluir a proeza do pescador buziano Pierre, o qual, às duras penas o tinha encontrado através do velho processo de sucessivas e cansativas sondagens, utilizando-se de uma sonda de mão. E com uma fantástica acuidade visual peculiar aos bons pescadores, Pierre marcou a posição do casco do famoso vapor alemão utilizando-se dos pontos geográficos situados no horizonte longínquo e assim o fez muito anos antes da antiga Submar ter ali realizado os primeiros mergulhos no final da década de 70 do século passado.
Agora, surge outro caso quanto à verdadeira autoria das descobertas dos naufrágios. Estou me referindo ao Rio Anil, o qual já estava mais do que identificado e devidamente localizado pelos pescadores cabo-frienses e isto, desde quando ele naufragou em 1952. Ora, o Rio Anil veio a ser alvo de estratégicos enredos daqueles que já se acostumaram a se apropriar das glórias alheias, ou seja, das proezas dos senhores da sabedoria do mar por excelência. Em outras palavras, em detrimento da história dos sacrifícios da classe trabalhadora do mar, um certo mergulhador, procurou computar de forma individualizada, a favor de sua vaidade e de sua notoriedade pessoal, a identificação de um naufrágio que não era e nunca foi de sua autoria.
Porque tal ato daquele mergulhador me incomodou? Parte da resposta: efetivamente sou e sempre serei cúmplice de situações culturais históricas das pessoas mais simples, de modo que no livro "Histórias de Célebres Naufrágios do Cabo Frio"(1993), procurei homenagear devidamente os trabalhadores do mar, ao mencionar na contra-capa, que são eles, os pescadores, que sabem aonde exatamente encontram-se os naufrágios e geralmente até guardam os nomes dos navios submersos, pois são neles que eles perdem seus preciosos instrumentos destinados a ganhar a vida com sacrifício, tais como as suas redes. Ora, a tradição oral é tão marcante e presente entre os pescadores, que o pesqueiro que se formou em torno do local do naufrágio do Sacramento, embarcação perdida em 1668, no baixo de Santo Antônio (litoral de Salvador), era denominado de "Capitânia", isto é, a história daquele navio do período colonial, se fez presente na memória dos trabalhadores do mar, de geração em geração. O arqueólogo Ulisses Pernambucano de Mello Neto, assim escreveu sobre a tradição oral relativa ao naufrágio do famoso galeão português: "A permanência por mais de 300 anos de uma designação passada oralmente por tantas gerações de homens de modesta profissão pode e deve indicar que o naufrágio causou profunda impressão aos contemporâneos e foi recordada pela descendência destes".
E não foi de outra forma, ou seja, foi também através da boca de um velho pescador, que me foi apontado na praia de Massambaba, os locais exatos dos túmulos do Caledônia (1888), do Paraná (1892), do Selman (1910) e do Port Manork (1910). Até mesmo o naufrágio do vapor alemão Uruguai, perdido no costão do "morro" do Atalaia em 1891, me foi indicado por um pescador e dali consegui retirar o sino do navio, o qual hoje se encontra no Museu Oceanográfico de Arraial do Cabo.
Já fazia tempo que eu escutara dos pescadores cabo-frienses, sobre a existência de uma "chata" que jazia afundada ao largo da Ilha dos Papagaios, na costa de Cabo Frio. Seguindo os passos da tradição oral, vim a conhecer justamente um dos seus náufragos: tratava-se nada menos do que o ex-imediato daquela "chata" – um marujo que residia no bairro da Passagem, em Cabo Frio, seu nome: Moysés Marques Valentim, um seresteiro inveterado e que fazia questão de sempre frisar que ele era um ex-combatente da Marinha mercante. Aliás, excetuando um garoto de 17 anos, quase ou todos tripulantes do Rio Anil, os quais em sua maioria provinham de cidades nordestinas, expuseram suas vidas aos variados perigos, inerentes a guerra. Estes são os seus nomes, idades e as respectivas funções que exerciam a bordo do Rio Anil: João Canfim, 27 anos, carvoeiro; Érico Pereira de Aguiar, 22 anos, moço de convés; José Ferreira da Silva, 17 anos, taifeiro; Waldemar Oliveira dos Santos, 23 anos, marinheiro; Francisco Corrêa Fagundes, 40 anos, marinheiro; Júlio Paulinino de Souza, 38 anos, marinheiro; José Araújo Arcanjo, 36 anos, marinheiro; Léo Fernandes da Silva, 21 anos, taifeiro; Claudiomiro José do Sacramento, 42 anos, marinheiro; João Gualberto da Costa, 25 anos, cozinheiro; Aires Martins, 22 anos, carvoeiro; José Alves de Aquino, 25 anos, carvoeiro e José Evangelista da Silva, 29 anos, marinheiro de convés.
Diga-se de passagem, que o marujo Claudiomiro José do Sacramento que morava em Salvador, então passava a ser náufrago pela segunda vez, sendo que no primeiro acidente, teve a sorte de ser recolhido por uma jangada na costa do Ceará.
Pela boca de Moysés Marques Valentim, tomei conhecimento que o Rio Anil, foi uma embarcação que operara nos teatros da Segunda Guerra Mundial e que fora convertida em um navio mercante, tendo a estrutura situada na proa - por onde era feito o desembarque de soldados e material bélico – se tornado inoperante por meio de solda. O Rio Anil foi então, um dos anônimos navios de aterragem (anfíbio) e certamente, pertencera a Marinha dos EUA. Eram estes navios identificados por letras e números. Cabe dizer, que praticamente todas as marinhas importantes do mundo sempre tiveram um relacionamento com a guerra anfíbia. Afinal, essa foi durante muito tempo a maior ferramenta de que dispunham as forças navais para projetar poder sobre a terra. Entretanto, os progressos que se alcançaram nesse campo durante a Segunda Guerra Mundial foram imensos sobre todos os aspectos – e foi exatamente durante esse conflito que se realizaram as maiores operações anfíbias da história da guerra: a exemplo do célebre desembarque dos Aliados na costa da Normandia em junho de 1944. E como não deixaria de ser, a Marinha norte-americana esteve na vanguarda desses acontecimentos, e se mobilizou durante a conflagração, com uma quantidade imensa de navios, especificamente projetados para esse tipo de operações, tais como, o LST (Landing Ship, Tank), o LSD (Landing Ship, Dock), o LCI (Landing Craft, Infantry), e muitos outros tipos.
Convém mencionar, que após a Segunda Guerra Mundial, apenas três desembarques anfíbios de porte foram realizados contra praias defendidas: Inchon (1950), Suez (1956) e Malvinas (1982). É interessante verificar como os meios anfíbios da marinha norte-americana acompanharam a evolução da ênfase, que originalmente era lançar tropas e material contra praias defendidas, para desembarques praticamente administrativos, embora efetuados sem permissão. Alguns exemplos seriam os casos do Líbano (1958), República Dominicana (1965), Granada (1983) e Haiti (1994).
Ora, com o fim da Segunda Guerra Mundial, através de leilões realizados pelo governo dos EUA, muitos destes navios foram distribuídos pelo mundo. E cheguei a possuir uma pistola de sinalização de um deles, que então navegando sob o nome Nossa Senhora de Luján (padroeira da Argentina), naufragou na costa do Uruguai. Alguns daqueles navios vieram parar no Brasil, a fim de que também fossem utilizados no comércio marítimo, numa época em que a maioria das estradas brasileiras se situava no mar costeiro. O proprietário do Rio Anil chamava-se Guarací Almeida. Costa, que registrou o seu navio no porto do Rio de Janeiro.
O relato de Moysés Valentim veio me revelar parte da carga que o Rio Anil transportava na ocasião, a qual constava de milhares de fardos de madeira compensada e tantos outros milhares de postes de maçaranduba: produtos que eram destinados à cidade de Niterói. Por sinal, os navios usados no transporte de madeiras, eram cognominados de "madeireiros".
Ainda da memória daquele velho marinheiro, soube que o seu navio jazia em torno dos 40 metros de profundidade e que para lá, passariam a se dirigir os pescadores, principalmente do Bairro da Passagem, a exemplo de Jorge Pereira Damaceno, o "Cafu", a fim de fisgar através de grossos anzóis, os chernes, entre outros peixes. Moysés, ainda me contou que o Rio Anil transportava dois automóveis, estivados em cima do convés (um deles era um Studbaker), os quais seriam desembarcados no porto de Santos. Estavam acondicionadas a bordo, incontáveis caixas de garrafas de bebidas vazias, e no porão, uma "usina de açúcar" desmontada, que embarcada em Salvador, se destinava à Itajaí (SC). Juntava-se ainda, uma carga de milhares de caixas de farinha de cacau, além de uma grande quantidade de açúcar; outros tantos milhares de fardos de fibras e mais de 2.500 caixas de leite condensado. Já um carregamento de frios e salgados, eram produtos que seriam consumidos pelos privilegiados freqüentadores da Embaixada dos Estados Unidos.
Quando o Rio Anil naufragou, fazia um ano que Getúlio Vargas tomou posse como presidente eleito. E no início da década de 50, seu governo promoveu várias medidas destinadas a incentivar o desenvolvimento econômico, com ênfase na industrialização. Foram feitos investimentos públicos no sistema de transportes e de energia. Em 1952, foi fundado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), diretamente orientado para o propósito de acelerar o processo de diversificação industrial. E no mesmo ano em que Getúlio assumiu o governo (1951), a Coréia do Norte invadiu a do Sul, levando os EUA a uma intervenção naquela região da Ásia, sob os auspícios da bandeira da ONU. Começava então a Guerra da Coréia que iria se prolongar até 1953 e um ano mais tarde, Getúlio se suicidaria, um fato que para alguns autores passaria a tornar emblemático na história brasileira - o mês de agosto - mas na verdade, o acontecimento que transformou em aziago o referido mês, foram os torpedeamentos perpretados pelo U-507 entre 15 e 17 de agosto de 1942: um crime que produziu a morte de 652 pessoas e que traumatizou os brasileiros, muito mais que a morte de Getulio Vargas em 1954.
O casco do Rio Anil contava com as seguintes características: 58,52 metros de comprimento, boca: 9,17 metros, pontal: 2,67 metros, calado máximo: 2,27 metros e uma tonelagem bruta de 629. E o aparelho motor era constituído por dois motores Diesel, onde cada um era capaz de desenvolver potência de 500 cavalos-vapor, que acionavam dois hélices; o que outrora, era um requisito indispensável para que pudesse varar a praia defendida pelo inimigo.
E assim sabendo o ano do naufrágio daquela "chata", que veio se tornar em um dos pesqueiros dos trabalhadores do mar da Passagem, não foi difícil achar num dos livros do Tribunal Marítimo, os autos de um acidente que envolveu dois navios, sendo que o Rio Anil que estava sob o comando de Aluísio Aurélio Cavalcanti de Avelar, o qual tinha mais de 20 anos de serviço no mar, levou a pior. Mas felizmente para o armador, o Rio Anil estava segurado na Firemen's Insurance Company of Newark.
No dia 18 de janeiro de 1952, a oito milhas a lesnordeste do farol da Ilha do Cabo Frio, perto da meia-noite, o Rio Anil e o paquete Santarém se colidem quando reinava tempo bom e claro, vento moderado de sueste, mar chão e boa visibilidade. Se o Rio Anil tinha lá seus quase 59 metros de comprimento, o Santarém por sua vez, contava com 127,85 metros, com uma tonelagem bruta de 6.757. Sua máquina a vapor lhe dava uma potência de 5.418 cavalos efetivos, acionando um hélice. O navio misto (carga e passageiros) do Lóide Brasileiro, cujas avarias se resumiram em mossas e pequenos rombos na proa, estava sob o comando do conhecido capitão-de-longo-curso Raul Francisco Diégoli, protagonista de alguns eventos singulares ligados a Segunda Guerra Mundial.
Quando os dois navios se chocaram, os dois automóveis que estavam sobre o convés do Rio Anil foram projetados borda a fora, sendo que um deles, segundo seu Moysés, quando afundava, seus faróis acenderam. Após o abalroamento, o comandante do Rio Anil mandou sondar os porões e verificou-se que faziam água. As bombas foram acionadas para esgotar o compartimento alagado e puseram o navio a demandar a Enseada do Forno, a fim de vará-lo na praia, mas decorridos quarenta minutos de marcha, o Rio Anil adernou para boreste e afundou. Pobre das aves que estavam a bordo do navio, pois o Rio Anil também transportava, galinhas, perus e papagaios. Toda a tripulação conseguiu embarcar nas duas baleeiras, tendo alcançado a Praia de Cabo Frio às cinco horas do dia 19. Os momentos que se seguiram ao abalroamento, os tripulantes não tiveram tempo de salvar seus pertences e como lamentou seu Moysés, pela perda de seu estimado violão e de um relógio. E do local onde afundou o Rio Anil, os tripulantes remaram algumas milhas até alcançar a costa. E quando chegaram em terras cabo-frienses, não tinham mais do que a roupa do corpo.
Obviamente ninguém os aguardava, só algum tempo depois, lhes foi prestado socorro. E foi uma surpresa para os moradores da Passagem, ao constatar que entre os náufragos, se achava então ele: o jovem Moysés Valentim - o conhecido tocador de violão - integrante de uma tradicional família local que desde idos tempos sempre estivera ligada às aventurosas atividades marítimas. Ele e o seu desafortunado comandante - o paraibano Avelar - conseguiram alojar a tripulação em hospedarias da cidade.
Para os encarregados do inquérito que se procedeu nas Capitanias dos Portos do antigo Distrito Federal e dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a tarefa foi complexa. Ora, as circunstâncias em que o abalroamento ocorreu, foram descritas diferentemente pelo pessoal dos dois navios envolvidos no acidente. Consta que se tornou impossível conciliar o testemunho de cada lado, em conseqüência da contradição fundamental entre as versões produzidas pelo referido inquérito.
Mas seja como for, o acórdão do Tribunal Marítimo chegou à conclusão de que para o abalroamento ocorrer como afirmaram as testemunhas do Rio Anil, seria admitir que o capitão do Santarém tivesse a intenção de afundar o navio avistado, "o que é absurdo e contraria todas as probabilidades náuticas, sabendo-se que reinava boa visibilidade".
E acrescenta o referido acórdão:
"Tudo faz crer que os navios se avistassem quase de roda-a-roda, e que passariam safos, bombordo com bombordo, se ambos tivessem guinado para boreste, como fez o Santarém. No Rio Anil houve interpretação errônea dos faróis do navio avistado, por parte de quem se encontrava de quarto no passadiço, porque nada explica a guinada para bombordo, na direção do navio que se procurava evitar e que por duas vezes assinalou a manobra que executava e ainda acionou o propulsor em marcha toda-força-atrás, na iminência da abalroação, tanto que por ocasião do abalroamento estava aproado aos 150 graus da agulha de governo, indicando uma alteração de 78º para boreste".
E pelos fundamentos levantados e por tudo o que dos autos se pode concluir, acordaram os juízes do Tribunal Marítimo em determinar que a causa determinante fora à manobra errônea do Rio Anil, navegando na direção do Santarém, o que foi a causa do abalroamento. E culpado pelo acidente por negligência, recaiu sobre os ombros do capitão Avelar e isentaram de culpa o famoso capitão Diégoli.
"- Meia hora antes da colisão, já víamos na linha do horizonte o Santarém, que vinha em nossa direção. O Rio Anil viajava para o sul, com todas as luzes de navegação acesas e em perfeitas condições técnicas. Ao aproximar-se o Santarém, repentinamente deu uma guinada, alcançando-nos à meia nau. A bordo não houve pânico. Toda a tripulação do Rio Anil comportou-se magnificamente. Imediatamente aproei para terra usando as máquinas, por saber que não flutuaria muito tempo. Enquanto isso, sem que recebesse nenhum auxílio, o Santarém parava para assistir ao espetáculo. Com suas próprias forças, 45 minutos depois, o Rio Anil afundava. Dei ordem para que ele fosse abandonado. Ao chegarmos à Praia da Passagem, ainda se avistava o seu costado fora d'água. Sua localização, assim, não é muito difícil. A noite estava clara, com boa visibilidade. Da mesma maneira que avistamos o Santarém meia hora antes do sinistro, eles deviam nos ter avistado. Quando chegar ao Rio, não vacilarei em apontar seu comandante como culpado pelo acidente de que foi vítima o meu barco.(...) Não sabendo calcular os prejuízos causados por desconhecer o valo exato da carga que transportava o Rio Anil, disse o comandante Avelar não ter conhecimento de que a bordo do Santarém realizava-se um baile e que não foi interrompido com o sinistro de que foi vítima seu barco."
"O capitão Diégoli, do Santarém afirmou que navegava ao rumo verdadeiro 52º (68º da agulha padrão e 72º na agulha de governo), estando o farol de Cabo Frio montado e à vista pela popa, quando apareceu pela amura de bombordo o 'Rio Anil', mostrando as luzes verde e vermelha das bordas e a branca do tope; deu então ordem ao timoneiro que guinasse oito graus a boreste; notando que o navio avistado governava mal, porque ora mostrava um farol de borda, ora mostrava outro, mandou carregar o leme a boreste e emitir um apito curto, para assinalar a manobra que executava; não obstante, o 'Rio Anil' guinou a bombordo, abalroando o 'Santarém' na amura de bombordo, de raspão; na iminência da abalroação ordenou que a máquina trabalhasse atrás-toda-força; após o choque do Rio Anil contornou o 'Santarém' e afastou-se navegando aparentemente no rumo a que fora avistado anteriormente, o 'Santarém' permaneceu no local, e às vinte e três horas e cinqüenta e cinco minutos, comprovado que nada impedia o prosseguimento da viagem e nenhum socorro fora solicitado pelo 'Rio Anil', que era avistado distante na direção de Cabo Frio, continuou viagem com destino à Vitória(depoimento de fls. 68/69)".
Guia de Hospedagens para Cabo Frio